Uma história horrorosa
Quem conta a história é o professor Francisco Antonio Doria (emérito, UFRJ), que a ouviu do professor Newton da Costa, um dos mais importantes lógicos brasileiros, atualmente na UFSC, que autorizou a divulgação.
Um primo do professor Newton, general reformado, morava no Rio de Janeiro, onde tinha dois apartamentos: um para residência e o outro para escritório. Neste, o primo do professor Newton acumulou uma vasta coleção paranista: primeiras edições, outros livros raros, documentos, etc, etc. Morreu há 25 anos. A viúva ofereceu, por preço razoável, a biblioteca a uma universidade estatal do Rio (não sei qual delas, pois o prof. Doria teve a elegância de não revelar). Pediu apenas que a coleção ficasse íntegra, e que a entidade garantisse a manutenção do bom estado da coleção. O pedido foi negado.
A viúva foi então a Curitiba e ofereceu o mesmo lá, mas agora de graça, sem custos. Pedia apenas o tal compromisso da conservação. Mais uma vez o pedido foi recusado.
A viúva já estava desesperada, quando um dia bateu à sua porta o cônsul da Austrália, que comprou todo o acervo por bom preço e o levou para a Austrália, onde está até hoje.
Assim, se você quiser estudar o Paraná a fundo, não se esqueça de incluir uma passagem para Canberra no seu projeto.
Essa curta história, tristemente recorrente, é típica do nosso modo de pensar e agir. Temos que mudar isso!
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