sexta-feira, agosto 26, 2005

Viagem a Cuiabá

O vôo Gol 1790 saiu de Curitiba às 19:00 e chegou em Congonhas no horário previsto. De lá, eu deveria seguir para Cuiabá, no vôo Gol 1873, que deveria sair às 22:24. Não sei porque eles marcam os horários com precisão de minutos. Deve ser para mostrar que têm senso de humor...De qualquer forma, Congonhas estava com excesso de tráfego aéreo e o vôo acabou atrasando. Como Congonhas fecha às 23:00, a Gol decidiu que o vôo deveria sair de Guarulhos, para evitar o risco de retenção da "aeronave" (ou "avião", como dizem os mortais). Fomos para Guarulhos de ônibus, pago pela Gol, e chegamos lá às 22:40. O vôo 1873 finalmente saiu às 23:40, chegando em Cuiabá por volta das 2:00, apenas duas horas depois do previsto.

Chegando ao aeroporto de Cuiabá, que na verdade fica em Várzea Grande, telefonei para que o hotel Cerrados viesse me buscar. O funcionário apareceu no aeroporto com uma cara estranha, e disse que o hotel estava lotado (apesar da minha reserva!). A justificativa era que Cuiabá estava sendo sede de um congresso qualquer de agricultura, e todos os hotéis estavam lotados. Fui então enviado, com despesas pagas pelo hotel "Cerrados", para o hotel "Dia e Noite", o qual, aparentemente, não tem nem mesmo website...

Apesar de tudo, o hotel era limpo (pelo menos a olho nú!) e o quarto tinha até mesmo uma cama e uma televisão. A essas alturas, já eram 3:00 da manhã e eu tinha que acordar às 7:00 para uma reunião com o cliente. Para complicar um pouco mais, não dormi quase nada, pois havia um compressor qualquer ligado o tempo todo.

Após acordar e tomar um banho (o quarto tinha banheiro particular, apesar do tamanho diminuto), fui tomar café da manhã. Pouco tempo depois, o cliente chegou, acompanhado da esposa. Ele havia feito a reserva para mim e foi vítima do mesmo problema. Após o café da manhã, descobri que o sócio dele, que estava vindo de Tangará, iria chegar só às 11:00 e eu estaria liberado até lá.

Voltei para o quarto, escovei os dentes e saí para explorar as imediações. Estava quente, talvez mais de 25° C, mas a temperatura atingiria 35° C à tarde. Ainda pensando estar em Cuiabá, não em Várzea Grande, andei uns bons quilômetros, mas sem fazer muitas voltas, pois sempre me perco. Cuiabá e Várzea Grande parecem Curitiba há uns 20 anos, embora muito mais quente. A população é composta, em sua maioria, por gente que veio de outros lugares. Guardadas as proporções, parece aquela cena de "Moscow in the Hudson", quando Robin Willians diz "everyone I know is from somewhere else!". Encontrei gente de São Paulo, da Bahia, do Rio Grande do Sul e do Pará, mas ninguém de Cuiabá.

Voltei para o hotel e trabalhei um pouquinho no computador, depois de tentar, sem sucesso, conectar-me à internet via linha discada. Pouco tempo depois o cliente ligou, querendo falar comigo, e a reunião começou mesmo sem o sócio de Tangará. Ficamos algum tempo no "restaurante" do hotel, que na verdade era uma espécie de varanda, conversando sobre contratos e alguns aspectos do livre mercado de energia. Cerca de uma hora depois, o sócio de Tangará chegou, conversamos mais um pouco e fomos almoçar em Cuiabá, por volta das 13:00.

Durante o almoço, ficou evidente porque o cliente, que é do Paraná, resolveu visitar os sócios em Cuiabá: por causa da formatura de uma sobrinha. No restaurante estavam umas 15 pessoas da família, de modo que o assunto cobriu tudo, menos negócios. Descobri que peixes de água doce (Pintado e Pacú) não são ruins, mas não consegui experimentar a famosa Piraputanga do rio Cuiabá, que estava em falta. Fiz a besteira de beber uns copos de chop durante o almoço, mas, como dizem, "uma vez em Roma..."

A reunião continuou a partir das 14:00, já em um hotel de Cuiabá e, como meu vôo estava marcado para as 17:30, o dia de trabalho não foi exatamente produtivo, embora todos os assuntos tenham sido cobertos. Ainda assim, não sei se vai dar para recuperar os R$ 800 da viagem somente com os resultados dessa reunião em particular.

Saí de Cuiabá com cerca de 35°C no horário marcado e chegamos em Londrina com 20°C. Eu pensei que em Curitiba deveria estar fazendo uns 15°C, mas estava 10°C a menos do que isso...

É bom estar de volta, mas semana que vem tenho que ir para Blumenau.

segunda-feira, agosto 08, 2005

Pequena lista das coisas que eu detesto

Não necessariamente em ordem de prioridade...

1. Telefone tocando (hipersensibilidade auditiva)
2. Bacalhau (trauma de infância)
3. Adoniran Barbosa (precisa explicar porquê?)
4. Música sertaneja brasileira (música de corno cantada com voz de taquara rachada e cara de prisão de ventre)
5. Comerciais do creme dental "Colgate Tripla Ação"
6. Infomerciais de qualquer coisa
7. Fumaça de cigarro

quinta-feira, agosto 04, 2005

Powerformer

A Asea Bronw Boveri, ABB, lançou, já em 1998, a primeira versão do "Powerformer", um gerador AC capaz de trabalhar em tensões de 30 kV a 400 kV. O produto foi lançado na ABB Review, pp. 21-6, 1998. Em artigo da IEEE Transactions on Power Systems, o Powerformer ainda é tratado como "novo". Segundo a ABB, uma usina com o Powerformer entrou no ano 2000. Já encontrei também uma tese de mestrado sobre o assunto (COPPE, abril de 2005).

O Powerformer recebeu esse nome porque é um gerador de potência que elimina os transformadores elevadores de tensão, geralmente necessários para a conexão do gerador ao sistema de transmissão ou distribuição. Em vez de usar as tradicionais barras estatóricas retangulares, os construtores usaram cabos de alta tensão cilíndricos, possibilitando maior isolação e maiores tensões. Uma solução tão simples que chega a ser óbvia.

Assimetria

Se você levar uma lambida de seu cão, isso provavelmente será uma demonstração de afeto genuíno, mas se você der uma lambida em seu cão, ele achará isso uma coisa muito estranha...

Descoberta do dia

Stonehenge não foi construído pelos druidas! O monumento data da era do bronze, entre 2500 aC e 2000 aC, enquanto os druidas, sacerdotes celtas, só apareceram por volta de 600 aC. Em tempo, "Stonehenge" deriva do inglês arcaico "stanhen gist", que significa "pedras suspensas". Há muitos outros "henges" nas ilhas britânicas, como o "Anel de Brodger", mas Stonehenge é o mais famoso.

terça-feira, agosto 02, 2005

The Hicthhiker's Guide to the Galaxy

Don't panic! O filme não é tão bom quanto eu esperava, mas é muito melhor do que poderia ser. Algumas cenas são puro Monty Python, outras lembram Barbarella e há até mesmo algumas menções a Star Wars. De qualquer forma, não é fácil encontrar um filme onde o protagonista passa o tempo todo de pijamas, sem falar em um robô depressivo, em empresas de engenharia planetária, em um líder religioso com apenas metade do corpo e em um presidente da galáxia com duas cabeças (e, aparentemente, duas caras). Um ponto negativo diz respeito à versão brasileira, pois a narrativa de Stephen Fry foi substituída pela de José wilker. Parece que a pós-produção brasileira achou que o filme ficaria complicado com legendas da narração e legendas das falas. Em DVD deve ser melhor...

Naturalmente, não é um filme para qualquer um, mas os fãs de Adams são muitos e ardorosos. No site IMDB, por exemplo, um internauta postou uma mensagem como o título "Doesn't anyone agree that this movie sucked?", e obteve dezenas de respostas indignadas. Ainda assim, HHGG arrecadou US$ 21 milhões na primeira semana de exibição nos EUA, e permaneceu entre os dez filmes mais assistidos durante quatro semanas. O filme custou US$ 45 milhões e a arrecadação mundial, até junho de 2005, era de US$ 82,8 milhões. Logo, o filme se pagou e ainda sobrou para fazer o segundo, ou pelo menos para financiar uma parte. Resta só esperar e torcer.

No Brasil, o sucesso do filme deve ter sido bem menor (apesar das recomendações de Sérgio Dávila, que disse que o filme dava de dez a zero em Star Wars - A Vingança dos Sith), pois o senso de humor nacional está a milhas de distância do humor inglês. Se a coisa não for escrachada, o brasileiro médio não entende.

Algumas frases de Douglas Adams:

"I wrote an ad for Apple Computers: "Macintosh: we might not get everything right, but at least we knew the century was going to end.""

"A learning experience is one of those things that say "you know that thing you just did? Don't do that."

"Technology is a word that describe something that don't work yet."

Sites:

- Douglas Adams Continuum
- Wikipedia

Resistência à Mudança

Ao contrário do que dizem, resistência à mudança pode ser necessária. Se não houvesse resistência, as coisas mudariam o tempo todo. Não se poderia ter certeza de nada. Nada seria permenente, nem mesmo no curto prazo. Por outro lado, um mundo sem mudanças seria estagnado e propenso à extinção. O segredo, portanto, é saber quando mudar e quando não mudar.

2 de agosto de 2005

OK. Meu "blog" está criado. Vamos ver como funciona essa coisa. Ainda não sei muito bem o que escrever aqui, e nem se será útil para alguém além de mim, mas vamos lá!