quinta-feira, julho 20, 2017

Mais Coincidências

Do livro "Acaso: Como a Matemática Explica as Coincidências da Vida", de Joseph Mazur, 2016. Na página 190 o autor escreve:

"O Brasil é um país em que 90% da população acredita em vida após a morte e na possibilidade de os vivos se comunicarem com os mortos. Eis a história real de João Rosa, chefe do crime da cidade de Uberaba, e Lenira de Oliveira, sua namorada. Embora João andasse com outras mulheres, ele não aceitava que Lenira saísse com outros homens. Tomado pelo ciúme, ele a seguiu enquanto ela estava com outro homem. No confronto resultante, João foi morto.

Lenira e o namorado foram acusados de homicídio. Triste e ainda apaixonada por João, Lenira consultou um médium que psicografou uma carta endereçada a ela do além. No julgamento, o advogado de defesa disse ao tribunal: 'Na carta, recebida por esse médium, o morto fez um confissão. Ele disse que seu ciúme foi o motivo de sua morte. A carta incluía detalhes que só as pessoas próximas a João podiam conhecer'.... Lenira e o namorado foram absolvidos."

O autor cita a seguinte reportagem como fonte: Lourdes Garcia-Navarro. "Letter from Beyond the Grave: A Tale of Love, Murder and Brazilian Law". National Public Radio News, Weekend Edtion, 9 de agosto de 2014.

A reportagem pode ser encontrada em https://goo.gl/L6zYbV.  Não se trata de um "fake". A National Public Radio (NPR) realmente existe e foi fundada em 1970 nos EUA.

A questão é a seguinte: com desse tipo de antecedente, o que podemos de fato esperar da justiça brasileira?

terça-feira, janeiro 17, 2017

Da série "coincidências acontecem"

Ontem, 15/01/17, tentando achar algo para pegar no sono, assisti a um filme sobre um menino pescador que briga com os pais controladores e sai de casa, passando a viver em uma cabana, praticando a pesca fly de trutas e refletindo sobre o mundo. O assunto não me atrai muito, mas fui até o fim do filme.

Hoje, perambulando por um shopping antes de assistir a um filme com a Sandra, entramos em uma livraria e, vendo o livro mais recente do Marcelo Gleiser, comprei-o após ler apenas o título (nem mesmo o subtítulo). Agora, ao chegar em casa, comecei a folhear o livro. A orelha cita um dos hobbies do autor, até o momento desconhecido para mim: a pesca fly de trutas.

O livro trata das reflexões do Marcelo sobre como a física influencia o ato de pescar e sobre outras coisas. Em vez de dedicar o livro a uma pessoa, por exemplo, ele inicia dizendo: "Para a truta que não peguei e a equação que não resolvi".

Roubando a frase daquele cara do Fantástico: "sabem o que significa essa coincidência?".