domingo, julho 17, 2016

Coincidências francesas

Quando eu cursava o "segundo grau", atualmente conhecido como "ensino médio", éramos forçados a cursar a disciplina de Educação Física. O objetivo geral da coisa era fazermos suar bastante e gastar energia suficiente de modo a esquecermos outras atividades que não fossem estudos. Não funcionava muito bem. De vez em quando, contudo, quando estava chovendo ou quando chegava nossa vez no cronograma, éramos forçados a enfrentar a piscina, fingindo que sabíamos nadar.

Uma coisa que sempre me deixava impressionado durante essas aulas era a existência de gente que enfrentava a piscina voluntariamente, sem estarem matriculados, passando incontáveis horas seminus e semi-submersos. Eles eram os integrantes da "equipe de natação" do CEFET-PR (hoje UTFPR) e competiam com outras escolas do Paraná (talvez do Brasil, não sei ao certo), ganhando medalhas e troféus.

Outra coisa que me deixava impressionado era uma dupla desses nadadores que estava sempre conversando em francês. Eu sabia que aquela língua era o francês, por causa de alguns filmes franceses que eu sempre assistia. Só nunca havia encontrado duas pessoas "vivas" falando francês.

Então eu acabei o segundo grau técnico, me formei em Engenharia Elétrica, passei algum tempo na Telepar e ingressei na Copel, trabalhando um um ou dois Engenheiros Elétricos em meio a vários Engenheiros Civis. Depois de várias conversas informais durante o cafezinho, acabei descobrindo que um dos Engenheiros Civis, o Fabrício Muller, era um daqueles nadadores francófonos. Ele não só era francófono e nadador, mas como, por aquela época, já há havia lido mais de 500 livros, incluindo a Comédia Humana..., no original. Ele também me contou, de uma forma totalmente acidental, que o outro nadador se chamava Claudio Ballande Romanelli. Na época isso não teve importância alguma.


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