Da série "Filmes Que Vimos Ontem": "A Teoria do Amor" (1994)
"A Teoria do Amor" é um filme de 1994, estrelado por Wallter Matthau, no papel de Albert Einstein, e Tim Robbins e Meg Ryan nos papeis fictícios de Ed Walters e Catherine Boyd, respectivamente. Stephen Fry também aparece, representando James Moreland, o noivo psicólogo de Catherine. O título original do filme é simplesmente "I.Q.", mas os tradutores são sempre mais imaginativos do que os produtores.
O filme se passa na casa de Einstein em Princeton (Rua Mercer, 112), no Instituto de Estudos Avançados de Princeton e em localidades próximas. Um aspecto estranho é que a casa de Einstein, que até hoje tem um jardim gramado, no filme tem a porta de frente para a rua. Em compensação, há um quintal com uma quadra de badminton, hábito que nenhum biógrafo de Einstein havia revelado.
Durante a abertura vemos Einstein caminhando na companhia de dois colegas cientistas, que mais tarde descobrimos serem Kurt Gödel e Boris Podolsky. Também é estranho que Gödel, um dos sujeitos mais magros e tímidos da Princeton da época de Einstein, seja representado por um extrovertido Lou Jacobi, bem gordinho à época da realização do filme. Os três discutem sobre a natureza do tempo e Einstein aproveita para enunciar uma de suas famosas frases: "Deus não joga dados com o Universo". Em outro lugar, Catherine, que é sobrinha de Einstein no filme e tem pretensões científicas, está conversando com seu noivo, que não a leva a sério.
O enredo do filme é simples. Ed Walters, um mecânico de automóveis interessado por ciência, apaixona-se à primeira vista por Catherine Boyd. Ao mesmo tempo, Einstein e Ed se conhecem e Einstein simpatiza com ele. Após saberem do interesse de Ed por Catherine, Einstein, Gödel e Podolsky resolvem tecer um plano para escantear James Moreland e fazer Catherine se interessar pelo mecânico: basta transformar Ed em um cientista! Einstein recupera então um artigo seu, não publicado, sobre fusão a frio, e instrui Ed a apresentá-lo no Simpósio Internacional de Física a ser realizado nos próximos dias.
Que eu saiba, Einstein nunca trabalhou com fusão a frio. Embora o assunto tenha sido investigado pela primeira vez na década de 20, o termo "fusão a frio" em si só foi cunhado em 1956, pouco menos de um ano após a morte de Einstein. Ainda assim, Ed apresenta o artigo no simpósio, naquela que pode ser só descrita como a pior e mais sofrível apresentação de todos os tempos. Inacreditavelmente, todos levam as ideias dele a sério, as quais consistem em usar a fusão a frio para impulsionar um foguete até as estrelas, coisa que os russos também estariam tentando.
Pouco depois, Catherine descobre um erro no artigo de Ed, que na verdade é de Einstein, mostrando que a fusão a frio é impossível. A trapaça é revelada após a intervenção do Presidente Eisenhower, de uma declaração de Einstein à imprensa e da aparição do cometa Boyd, descoberto anos antes pelo pai de Catherine. Apesar de tudo, Ed e Catherine acabam juntos, é claro, pois estamos falando de uma comédia romântica.
Tenho de confessar que sempre assisto partes desse filme quando ele é exibido na TV. Vale pelo cenário (Princeton da década de 50, na primavera) e por outras coisas, mas, no cômputo geral, realmente não gosto dele. Por um lado, é uma pena que Walter Matthau tenha desperdiçado um papel de Einstein em um filme tão bobo. Por outro, é realmente deprimente que trapaças científicas sejam mostradas de maneira tão natural, deixando a impressão de que deveriam ser aceitas, desde que por uma "boa causa".
O filme se passa na casa de Einstein em Princeton (Rua Mercer, 112), no Instituto de Estudos Avançados de Princeton e em localidades próximas. Um aspecto estranho é que a casa de Einstein, que até hoje tem um jardim gramado, no filme tem a porta de frente para a rua. Em compensação, há um quintal com uma quadra de badminton, hábito que nenhum biógrafo de Einstein havia revelado.
Durante a abertura vemos Einstein caminhando na companhia de dois colegas cientistas, que mais tarde descobrimos serem Kurt Gödel e Boris Podolsky. Também é estranho que Gödel, um dos sujeitos mais magros e tímidos da Princeton da época de Einstein, seja representado por um extrovertido Lou Jacobi, bem gordinho à época da realização do filme. Os três discutem sobre a natureza do tempo e Einstein aproveita para enunciar uma de suas famosas frases: "Deus não joga dados com o Universo". Em outro lugar, Catherine, que é sobrinha de Einstein no filme e tem pretensões científicas, está conversando com seu noivo, que não a leva a sério.
O enredo do filme é simples. Ed Walters, um mecânico de automóveis interessado por ciência, apaixona-se à primeira vista por Catherine Boyd. Ao mesmo tempo, Einstein e Ed se conhecem e Einstein simpatiza com ele. Após saberem do interesse de Ed por Catherine, Einstein, Gödel e Podolsky resolvem tecer um plano para escantear James Moreland e fazer Catherine se interessar pelo mecânico: basta transformar Ed em um cientista! Einstein recupera então um artigo seu, não publicado, sobre fusão a frio, e instrui Ed a apresentá-lo no Simpósio Internacional de Física a ser realizado nos próximos dias.
Que eu saiba, Einstein nunca trabalhou com fusão a frio. Embora o assunto tenha sido investigado pela primeira vez na década de 20, o termo "fusão a frio" em si só foi cunhado em 1956, pouco menos de um ano após a morte de Einstein. Ainda assim, Ed apresenta o artigo no simpósio, naquela que pode ser só descrita como a pior e mais sofrível apresentação de todos os tempos. Inacreditavelmente, todos levam as ideias dele a sério, as quais consistem em usar a fusão a frio para impulsionar um foguete até as estrelas, coisa que os russos também estariam tentando.
Pouco depois, Catherine descobre um erro no artigo de Ed, que na verdade é de Einstein, mostrando que a fusão a frio é impossível. A trapaça é revelada após a intervenção do Presidente Eisenhower, de uma declaração de Einstein à imprensa e da aparição do cometa Boyd, descoberto anos antes pelo pai de Catherine. Apesar de tudo, Ed e Catherine acabam juntos, é claro, pois estamos falando de uma comédia romântica.
Tenho de confessar que sempre assisto partes desse filme quando ele é exibido na TV. Vale pelo cenário (Princeton da década de 50, na primavera) e por outras coisas, mas, no cômputo geral, realmente não gosto dele. Por um lado, é uma pena que Walter Matthau tenha desperdiçado um papel de Einstein em um filme tão bobo. Por outro, é realmente deprimente que trapaças científicas sejam mostradas de maneira tão natural, deixando a impressão de que deveriam ser aceitas, desde que por uma "boa causa".
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