terça-feira, setembro 20, 2005

2018 - Back to the Moon!

A NASA anunciou esta semana os planos para a próxima missão tripulada à Lua. Até 2018, quatro astronautas deverão pisar novamente o solo lunar e contemplar aquela magnífica desolação.


O problema é que o anúncio foi feito pela NASA e não pelo POTUS, como foi no caso da missão Apollo. O presidente atual acredita em Adão e Eva e deve ter dificuldades para entender como uma Lua redonda pode orbitar uma terra plana...

Ainda assim, resta uma esperança. Com um pouco de sorte, os democratas deverão reassumir o poder em 2006 e liberar os US$ 100 bilhões necessários à missão. A NASA sempre pode fazer um pouquinho de pressão, argumentando que a China fincará sua bandeira vermelha no Mar da Traquilidade cedo ou tarde. Ferir a auto-estima norte-americana é sempre uma boa estratégia para se conseguir as coisas naquele país.


Quanto a mim, já comecei a economizar. A maioria das pessoas sonha com uma aposentadoria traqüila e com uma casa na praia. Mas eu sempre digo aos meus alunos que pretendo guardar dinheiro para passar as férias na Lua. De vez em quando eles perguntam o que há para se fazer na Lua, ao que eu respondo: "Ora, a mesma coisa que há para se fazer na praia. Brincar um pouco na areia, admirar o horizonte, tirar dezenas de fotografias e voltar para casa!" Por estranha coincidência, essa é exatamente a primeira das dez razões para retornar à Lua, do site www.space.com: satisfazer a alma. As outras nove razões são:

  • Unir as nações.
  • Promover a comercialização.
  • Coletar rochas.
  • Estudar as catástrofes (e.g., extinções em massa).
  • Olhar para fora (observatórios lunares).
  • Gerar energia.
  • Iniciar uma indústria de mineração lunar.
  • Melhorar a tecnologia.
  • Instalar uma base para a conquista de Marte.

Tudo isso pode ser alcançado sem a Lua, mas também pode ser alcançado com a Lua, desde que a NASA desenvolva uma campanha de marketing capaz de convencer o norte-americano médio de que a odisséia vale a pena. O problema é que a NASA tem provado ser um desastre em termos de marketing.