Esperanças para 2016
Então, eis que se aproxima mais uma transição entre dois estados temporais definidos arbitrariamente pelo Ocidente.
Que as pessoas continuem praticando esses rituais criados de maneira igualmente arbitrária, que fazem a felicidade dos plantadores de lentilhas e romãs, sem falar nos produtores de carne de porco e nos fabricantes de fogos e espumantes.
Que as pessoas continuem pulando as ondas de um mar que já estava aqui bilhões de anos antes de nós e que vai continuar aqui bilhões de anos depois de nós.
Que o governo se dê conta de que mais saúde não é só mais médicos e de que mais educação não é só mais professores.
Que a música popular brasileira e o rock brasileiro renasçam de algum canto e empurrem para longe essa coisa de duas ou três estrofes repetitivas que alguns chamam de funk e essa música de pegação que alguns chamam de sertanejo universitário.
Que o governo se dê conta de que o Brasil precisa de mais mercado e menos estado, pois a receita inversa não deu certo em lugar algum.
E, finalmente, que nossas bactérias continuem unidas em 2016, formando esses macroagregados que produzem esse comportamento emergente, caracterizado por essa peculiar oscilação eletromagnética que considera a si mesma como o centro de tudo e o auge da evolução da vida no Universo!