Guerra dos Mundos
Apesar da minha expectativa, “Guerra dos Mundos” não é tão ruim quanto prometia. O filme não corresponde à exaltação de alguns fãs mais radicais de Spielberg (“Spielberg está de volta!”, “Spielberg acertou a mão!”, etc), mas pelo menos entretém.
Spielberg se manteve razoavelmente fiel ao livro de H.G. Wells, inclusive mantendo o final manjado e que na verdade não passa de um “deus ex machina”, com o devido respeito a Wells. Mas Spielberg dá umas escorregadas aqui e lá. Por exemplo, é difícil aceitar que os tripods estivessem enterrados no solo durante milhares ou milhões de anos, sem falar em pessoas sendo vaporizadas enquanto as roupas permanecem intactas (o inverso seria muito mais interessante...).
De qualquer forma, “Guerra dos Mundos” não é o mesmo desastre de “A.I.”, um filme que acaba no meio. Tom Cruise, apesar de grandes esforços, não consegue estragar a produção e a manutenção do final original, embora conhecido, foi opção melhor do que um final heróico, com norte-americanos lutando bravamente contra os invasores, liderados por um Zé Mané vestido de vermelho, azul e branco.
Mas ainda acho que “Marte Ataca” é muito melhor...